SOCIOLOGIA – 2° A, B, C, D, E e F. – 4ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE - AVALIAÇÃO 2

 

- SOCIOLOGIA –  2° A, B, C, D, E e F.

4ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE - AVALIAÇÃO 2

ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br 

Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.

4º BIMESTRE

Olá estimados alun@s, espero que tod@s estejam bem J 

Nossas aulas estarão relacionadas aos conteúdos do CMSP.

Minhas postagens da disciplina de Sociologia no BLOG será MENSAL e entrega de atividades e dúvidas somente no meu  e-mail  anotado acima J

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA!

 

AVALIAÇÃO 2– (08 aulas).

Leia abaixo com atenção, respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que desconheça,  pesquise o significado no dicionário ou  google J .

Reconhecendo diferentes formas de violência

Neste tema você vai estudar e refletir não apenas sobre a violência física, mais evidente para as pessoas, mas também sobre outras formas de violência: a psicológica e a simbólica.

É fundamental reiterar a importância da análise sociológica sobre o fenômeno da violência, buscando desnaturalizar práticas que, muitas vezes, podem ser tão sutis ou estar de tal forma arraigadas em determinada cultura e sociedade que acabam passando por “normais”, “naturais” ou sendo consideradas desse modo no dia a dia.

No entanto, já foi observado que a violência não pode ser considerada dessa maneira, mas como algo construído socialmente, com base nas práticas e na história de cada cultura, de cada sociedade e, portanto, passíveis de mudanças.

Não se objetiva fornecer aqui uma definição exata do termo violência, pois esse é um fenômeno bastante complexo, que vem sendo amplamente estudado e debatido por diferentes áreas do conhecimento, inclusive pela Sociologia.

O propósito é estudá-la em diferentes dimensões e reconhecer as possíveis formas de violência vivenciadas pelos indivíduos e sociedades sem, no entanto, ter a pretensão de esgotar as possibilidades de análise.

Para melhor compreender algumas das manifestações de violência na atualidade, pode-se, inicialmente, destacar a definição dada pela antropóloga Alba

Zaluar:

[...] Violência vem do latim violentia, que remete a vis ( força, vigor, emprego de força física ou os recursos do corpo para exercer sua força vital). Essa força torna-se violência quando ultrapassa um limite ou perturba acordos tácitos e regras que ordenam relações, adquirindo carga negativa ou maléfica. É, portanto, a percepção do limite ou da perturbação (e do sofrimento que provoca) que vai caracterizar o ato como violento, percepção essa que varia cultural e historicamente. [...]

ZALUAR, Alba. Violência e crime. In: MICELI, Sérgio (Org.). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo: Sumaré/Anpocs, 1999, v. 1, p. 28.

 

Essa definição auxilia na reflexão sobre o tema. Na sequência, há informações para que você possa compreender três possíveis expressões da violência – a física, a psicológica e a simbólica –, discutindo algumas de suas formas de manifestação em nossa sociedade.

Em primeiro lugar, para compreender o que seja violência física e psicológica, você encontra no quadro a seguir as principais características de cada uma.

 

Violência física: A forma mais evidente de violência é a física. Entende-se a violência física como toda e qualquer ação prática que gere dano à integridade física de outro indivíduo. São consideradas violências físicas: homicídio, estupro, latrocínio (roubo seguido de morte), espancamento, tortura etc.

 

Violência psicológica: Essa forma de violência pode ser definida como “Ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal”.

 

Importante!

É necessário fazer aqui uma diferenciação entre a noção de violência e a noção de crime.

Violência diz respeito ao uso da força que pode causar qualquer tipo de dano a outro indivíduo.

Já a noção de crime tem uma conotação jurídica e está relacionada a uma desobediência da lei, que prevê uma forma de punição normatizada, ou seja, é um ato de violência definido nos termos da lei de cada país e sujeito a punição.

 

Após o reconhecimento dessas diferentes formas de violência, podem-se observar algumas expressões concretas desses fenômenos em nossa realidade social.

 

Violência doméstica

O fenômeno da violência doméstica é uma realidade no Brasil. Os estudos sobre esse tipo de violência ganharam força no País a partir dos anos 1980, acompanhando o processo de redemocratização.

De acordo com os estudiosos do tema, violência doméstica pode ser definida como aquela realizada dentro de casa, por qualquer um dos membros que ali habitam, tendo ou não laços familiares. Os casos mais comuns são de ocorrências de atos de violência dos homens contra as mulheres, mas também ocorre com frequência a violência contra crianças e jovens, contra idosos e até mesmo contra homens.

Dentro do conceito de violência doméstica é possível falar tanto de violência física como de violência psicológica. As manifestações de violência física são relatadas com mais frequência e oficialmente denunciadas e registradas pelos órgãos competentes responsáveis, que prestam atendimento e auxílio às vítimas, como delegacias especializadas no atendimento às mulheres ou mesmo hospitais e prontos-socorros.

 

Já a violência psicológica, que pode se manifestar por meio de pressões, ameaças, gestos e palavras agressivas, é mais difícil de ser reportada, sendo muitas vezes apenas relatada com episódios de agressão física, mas pode ser motivo de processo judicial.

 

ATIVIDADE:  Violência doméstica: o que dizem os números?

Leia com atenção a reportagem a seguir, que trata do tema da violência doméstica no Brasil.

Mapeamento aponta aumento da violência contra a mulher por: Joseana Paganine

Apesar da severidade da Lei Maria da Penha e do maior investimento em políticas públicas, o índice de homicídios de mulheres continua alto, fazendo do Brasil o sétimo colocado em lista que contabiliza assassinatos de mulheres em 84 países

De 1980 a 2010, 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, mais de 43 mil só na última década. As que têm entre 15 e 39 anos correm mais risco. E o local de maior perigo para elas é a própria casa.

Isso é o que mostra o Mapa da violência 2012 – homicídios de mulheres no Brasil, publicado pelo Instituto Sangari em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). O documento afirma que houve um aumento de 217,6% no número de mulheres assassinadas no país em 30 anos, saltando de 1.353 mortes em 1980 para 4.297, em 2010.

De acordo com o mapa, o aumento mais significativo no número de homicídios femininos ocorreu até 1996.

Desde então, a taxa se mantém praticamente a mesma: cerca de 4,5 mortes para cada

100 mil mulheres. Mas essa estabilidade não é boa notícia, pois mostra que, apesar dos avanços em legislação e políticas públicas, o país não tem conseguido oferecer proteção efetiva à mulher.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa coloca o Brasil na sétima posição em lista que contabiliza homicídios femininos em 84 países. O índice brasileiro só perde para os de El Salvador (10,3), Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia

(7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).

O mapa revela ainda que o Estado mais violento do Brasil é o Espírito Santo, com 9,4 homicídios para cada 100 mil mulheres, seguido de Alagoas (8,3) e Paraná (6,3).

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) mista que investiga a violência contra a mulher identificou, em diligências realizadas nesses estados, a precariedade da estrutura de atendimento, que se traduz em falta de delegacias, de pessoal qualificado e de varas especializadas, como a principal causa dos altos índices de assassinatos de mulheres.

 

No lar

Segundo dados do mapa, cerca de 68% dos homicídios são cometidos na residência da vítima. Isso porque, em 86,2% dos casos, o assassino é alguém da família ou próximo a ela. Os parceiros ou ex-parceiros respondem pelo índice mais alto (42,5%), sendo que, entre mulheres de 20 a 49 anos, eles são responsáveis por 65% das agressões. O segundo maior agressor é um amigo ou conhecido (16,2%) da vítima.

Na faixa etária entre 10 e 14 anos, o pai é o principal responsável pelas agressões contra meninas. Até os 9 anos, esse título fica com a mãe. A partir dos 60 anos, são os filhos que assumem o lugar de carrascos da mãe em casa.

Desde 2009, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, é obrigado a registrar todos os casos de crianças, adolescentes, mulheres e idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência de maus-tratos ou violência.

Em 2011, o sistema notificou 73.633 atendimentos.

Aproximadamente duas em cada três dessas pessoas socorridas pelo SUS são mulheres.

Segundo o mapa, as notificações do Sinan representam apenas a ponta do iceberg das violências cotidianas, pois são registrados somente os casos de pessoas que recorrem ao SUS para receber atendimento e, ao mesmo tempo, declaram abertamente que foram agredidas.

“Por baixo dessa ponta visível, um enorme número de violências domésticas nunca chega à luz pública”, avalia o documento.

Jornal do Senado, Cidadania, 10 jul. 2012.. Disponível em: <http://www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2012/07/10/ mapeamento-aponta-aumento-da-violencia-contra-a-mulher>. Acesso em: 10 set. 2014.

 

Agora, responda às questões:

1. Os dados apresentados na reportagem tratam de qual crime especificamente?

Como você classificaria esse tipo de violência: física ou psicológica? Por quê?

 

2. O título da reportagem já informa o leitor sobre a existência de um aumento da violência contra a mulher. Retire do texto trechos que comprovam essa afirmação.

 

3. Ao final da reportagem é mencionado que os números oficiais obtidos pelo governo sobre os casos de violência doméstica são apenas a “ponta do iceberg”, o que significa dizer que o número real de casos é muito maior do que o conhecido oficialmente.

Em sua opinião, essa afirmação está correta? Justifique sua resposta.

 

Bons Estudos ;=D

 

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