SOCIOLOGIA – 2° A, B, C, D, E e F. – 4ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE - AVALIAÇÃO 1

 

- SOCIOLOGIA –  2° A, B, C, D, E e F.

4ºBIMESTRE - PROFESSORA FABIANE - AVALIAÇÃO 1

ORIENTAÇÕES: as atividades a ser realizadas no caderno, porém, deverão tirar fotos(NÍTIDAS) das atividades feitas e encaminhar para o e-mail: fabianeabbamonte@prof.educacao.sp.gov.br 

Adicionando a escola, disciplina, nome completo, número e série.

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA.

 

4º BIMESTRE

Olá estimados alun@s, espero que tod@s estejam bem J 

Nossas aulas estarão relacionadas aos conteúdos do CMSP.

Minhas postagens da disciplina de Sociologia no BLOG será MENSAL e entrega de atividades e dúvidas somente no meu  e-mail  anotado acima J

PS. TODAS VALEM AVALIAÇÃO E PRESENÇA!

AVALIAÇÃO 1– (08 aulas).

Leia abaixo com atenção, respeitando as virgulas, pontos e exclamação e etc. Pois dessa forma terá melhor compreensão do texto. Dica: leia conversando com o texto e palavras que desconheça,  pesquise o significado no dicionário ou  google J .

Introdução

Nestas aulas, será abordado outro tema importante para a Sociologia, igualmente relevante e presente em nosso cotidiano: a violência.

É inegável o fato de que a violência faz parte da nossa sociedade, e não é apenas no Brasil que essa realidade existe. Atualmente, ela assume diversas faces e se coloca como um problema social em quase todos os países do mundo.

O objetivo será compreender aspectos Vdesse fenômeno que possibilitem uma reflexão crítica sobre as diferentes formas de violência, como elas se apresentam e se estabelecem na sociedade brasileira.

 

Violência: entendendo esse fenômeno

Neste tema, o objetivo é compreender a violência por meio de uma análise crítica dessa problemática e discutindo, do ponto de vista histórico e sociológico, sua construção e permanência em nossa sociedade.

O que sabemos é que a violência não é um fenômeno desconhecido ou incomum em nossa sociedade.

E não apenas no âmbito nacional, pois também é possível ver, ouvir e ler todos os dias, nos diversos meios de comunicação, referências a episódios de violência em vários países.

De fato, esse é um fenômeno vivenciado e/ou observado constantemente em nosso dia a dia, de diversas formas e em diferentes espaços.

Para você, o que é violência? Em sua opinião, você vivencia ou já vivenciou

algum tipo de violência? Conhece alguém que vivencia tal situação?

 

 ATIVIDADE 1

 Para iniciar, responda em seu caderno as sobre as seguintes questões:

 

1)   Para você, o que é violência?

 

2)   Em sua opinião, você vivencia ou já vivenciou algum tipo de violência?

 

3)   Conhece alguém que vivencia tal situação?

 

Agora, retornemos a leitura. A violência na formação do Estado brasileiro

A violência não é algo exclusivo do mundo contemporâneo. Trata-se de uma prática antiga, presente nas mais diversas sociedades e concretizada de diferentes formas.

O que se entende por violência também está intimamente ligado às práticas e às relações desenvolvidas por diferentes sociedades, em distintos momentos históricos, fruto da conjugação de aspectos sociais, econômicos e políticos.

Um exemplo é o da prática violenta de açoitar os negros escravizados no tronco, considerada socialmente aceitável no período da escravidão no Brasil.

Naquela época, os senhores de escravos tinham legitimidade, dada sua condição de “donos”, para usar a violência física como forma de punição.

Mas pode-se falar também do período medieval, época em que predominavam sangrentas guerras; ou ainda citar os longos séculos da brutal dominação europeia no território da América do Sul, que resultou na dizimação de diferentes populações indígenas que habitavam a região.

Outro exemplo é o próprio processo de colonização vivenciado pelo Brasil, que marcou profundamente a formação da Nação.

Você já estudou na Unidade anterior como a colonização e a escravidão estão na raiz da construção das desigualdades sociais enfrentadas até os dias atuais. A discussão da violência encontra-se também fortemente vinculada a esses processos que marcaram nossa história.

Diversos sociólogos e antropólogos brasileiros que estudam a temática no Brasil buscam, nesse percurso histórico, respostas para compreender a configuração do fenômeno da violência tal como ela se manifesta hoje na sociedade brasileira.

Um deles, o antropólogo Gilberto Velho (19452012), dedicou grande parte de seus estudos ao tema da violência urbana. Uma das questões centrais de seu pensamento foi refletir sobre como a violência urbana está intimamente relacionada ao processo de formação das nossas cidades, de acordo com o processo histórico, político e econômico que preponderou em nosso país.

Para entender mais sobre as reflexões de Gilberto Velho, é importante ler o texto a seguir, de sua autoria.

Lembre-se de assinalar as palavras cujo significado você desconhece para depois pesquisá-las no dicionário.

O desafio da violência- Gilberto Velho

A violência, em diversas formas, foi variável fundamental na constituição da sociedade brasileira. A ocupação europeia do hoje território brasileiro foi feita mediante a destruição de centenas de culturas indígenas e da morte de milhões de ameríndios. Fosse pelo confronto direto em combate, fosse por doenças, escravidão e desorganização de sua vida social, os índios brasileiros foram, em grande parte, dizimados. Por intermédio das pesquisas de antropólogos e arqueólogos, sabe-se, atualmente, da grande diversidade e riqueza sociocultural dos numerosos grupos indígenas, vitimizados ao longo desse processo de colonização e expansão territorial, levado a cabo pelo Estado luso-brasileiro e por particulares.

Por outro lado, a instituição da escravidão, implicando uma dominação violenta, física e simbólica, atingiu os índios e depois, principalmente, a mão de obra africana que, durante quase quatro séculos, foi objeto do tráfico. Milhões de indivíduos, provindos de diferentes regiões e culturas africanas, foram trazidos para o território brasileiro, dentro de um sistema de divisão de trabalho internacional, no qual as grandes plantations, produzindo açúcar e café, entre outros, e os metais preciosos constituíram a contribuição desse lado do Atlântico Sul (Alencastro, 1979).

Inegavelmente, formou-se uma sociedade complexa e heterogênea que, a par da dimensão de exploração e iniquidade social, apresentou extraordinárias facetas de rica interação e troca socioculturais. As diferentes culturas ameríndias e africanas, mesmo violentadas e fragmentadas, participaram intensamente da formação da sociedade nacional como mostraram, entre outros, Gilberto Freyre (1933) e Sérgio

Buarque de Holanda (1958). A contribuição europeia básica veio por meio dos portugueses, com sua ação político-administrativa expandindo e ocupando o território, trazendo também a língua e o repertório cultural católico-ibérico. Outros europeus incorporaram-se, de modos diferenciados, como os espanhóis, italianos, alemães, e diversos outros grupos étnicos. Mais tarde, a partir do início do século, chegaram os japoneses, principalmente para São Paulo. A incorporação dessas minorias foi repleta de episódios de arbitrariedade e violência, com situações de exploração e discriminação (Seyferth, 1998). Assim, a colonização mercantilista, o imperialismo, o coronelismo, o regime das oligarquias antes e depois da independência, tudo isso somado a um Estado marcado pelo autoritarismo burocrático, contribuiu decisivamente para a vertente de violência que atravessa a história do país. [...]

No Brasil, além de uma rotina de dominação com mecanismos conhecidos de exercício da força física como a tortura, fenômeno bastante generalizado, não são poucos os episódios ou situações de conflito com luta aberta, produzindo mortos, feridos e vítimas em geral. Limitando-nos ao Brasil independente e às conflagrações internas mencionase, por exemplo, a Guerra dos Farrapos, a Balaiada, a Cabanagem, a Revolução Federalista, Canudos, Contestado, os movimentos de 1924 e 1932, e assim por diante.

O Estado Novo e o regime militar levaram bem longe o exercício do poder de governos centrais autoritários e antidemocráticos [...]. No entanto, o panorama atual apresenta algumas características que alteram e agravam o quadro tradicional. Por ocasião das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil não há mais como disfarçar ou tentar diminuir a gravidade do fenômeno da violência na sociedade brasileira contemporânea. Em muitas sociedades há violência. Existem guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo. Nem sempre as fronteiras entre essas manifestações são claras, havendo misturas de todos os tipos como na Colômbia, para ficar por perto de nós. Mas no Brasil, sem guerra civil explícita, atingimos, especialmente nas grandes cidades, com repercussões para quase todo o território nacional, uma situação na qual a criminalidade campeia com seu séquito sinistro de assassinatos, sequestros, assaltos, roubos e tráfico de drogas e armas.

A urbanização acelerada, com o crescimento desenfreado das cidades, as fortes aspirações de consumo, em boa parte frustradas, dificuldades no mercado de trabalho e conflitos de valores são algumas variáveis que concorrem para tanto. [...]

Violência urbana: Tipo de violência associada ao contexto e à dinâmica da vida nas cidades. Ao falar desse fenômeno, é importante considerar as características formadoras do espaço urbano, como o movimento de saída das pessoas do campo em direção aos centros urbanos, o que provocou o crescimento acelerado das grandes cidades, muitas vezes sem planejamento, levando a um crescimento desordenado.

GLOSSARIO: 

 Iniquidade=Injustiça, maldade, perversidade.

Mercantilista=Refere-se a uma prática que visa exclusivamente o lucro. No caso do uso feito no texto, diz respeito a um conjunto de práticas econômicas

adotadas pela metrópole (no caso da colonização brasileira, a metrópole era Portugal), que tinha como princípio que o acúmulo e comércio de mercadorias produziriam lucros e riquezas.

Imperialismo=Econ. Pol. Forma de atuação de um país que visa dominar a política, a cultura e a economia dos outros.

Coronelismo1. Bras. Pol. Sistema político-social vigente no Brasil interiorano do fim do Império e da Primeira República, com base na oligarquia agrária

dos coronéis latifundiários. [...] 2. P. ext. Qualquer prática ou tendência política similar às do coronelismo. [F.: coronel + -ismo.]

Oligarquia1. Governo exercido por indivíduos que pertencem a um pequeno grupo, a um só partido, classe social ou família. 2. P. ext. Predominância de um pequeno grupo na cúpula de um governo ou no trato dos negócios públicos, ger. para defender interesses próprios.


É possível encaminhar, então, a análise na seguinte direção: a violência vivenciada atualmente em nossas cidades, presente em todos os Estados brasileiros, não é apenas uma questão circunstancial e, portanto, não é conveniente tratá-la como resultado imediato ou fruto somente dos problemas sociais da vida moderna.

Ao contrário, ao relacionar os temas desigualdade e violência, pode-se perceber que essas questões foram construídas e sedimentadas durante a formação da nação brasileira.

Assim, o próprio contexto social de desigualdades que vivenciamos pode ser, por si só, considerado uma forma de violência.

 

Atividade 2.

 

4)   Releia atentamente o texto O desafio da violência com o objetivo de identificar as formas de violência citadas pelo autor ao longo da história do Brasil. Depois, procure listar os tipos de violência conforme solicitado a seguir:

 

A)    Formas de violência mais comuns na constituição da sociedade brasileira, ou seja, no período de sua colonização:

 

B)   Formas de violência existentes na sociedade brasileira contemporânea, ou seja, atual:

 

5)   Identifique no texto de Gilberto Velho algumas razões que justifiquem sua afirmação inicial de que a violência foi fundamental na constituição da sociedade brasileira.

 

6)   Além da urbanização acelerada das grandes cidades, quais outras razões dadas pelo autor também contribuem para agravar o fenômeno da violência em nosso país atualmente?

 

7)   Refletindo sobre o seu cotidiano, responda: quais dessas razões você observa na cidade onde mora?

 

 

Bons Estudos ;=D

 

 

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